1. Acesso completo vs. Sem acesso
Provavelmente, a maior diferença entre o Windows e o Linux, é que no Linux você tem acesso completo ao código fonte. Isso ocorre porque o Linux está sob a GNU Public License (GPL), e todos os usuários, de todos os tipos, podem acessar (e alterar) o código do kernel do sistema. Você quer fazer o mesmo com o Windows? Boa sorte. A menos que você faça parte de um seleto grupo de pessoas, você nunca irá botar os olhos no código do Windows.
2. Liberdade de licença vs. Restrições de licença
Com um sistema Linux, licenciado sob a GPL, você é livre para modificar, lançar novamente e até vender os aplicativos que você usa (desde que mantenha o código fonte disponível). Além disso, com a GPL, você pode baixar uma simples cópia de uma distribuição Linux e instalar em quantas máquinas você queira. Com a licença Microsoft, você não pode fazer nenhum dos dois. Você é obrigado a usar apenas o número de licenças compradas. Se comprou 10 licenças do Windows para sua empresa, por exemplo, só pode instalar o Windows legalmente, em 10 máquinas.
3. Suporte online comunitário vs. Suporte via help-desk pago
Isso pode até ser um empecilho para que empresas usem o pingüim, mas, com o Linux, você tem suporte de um grande número de fóruns (como o Fórum Guia do PC), busca online e uma gama de sites dedicados sobre o assunto. E, claro, é possível comprar contratos de suporte com algumas grandes companhias de Linux, como a Novell e a Red Hat.
No entanto, se você quer suporte gratuito no Linux, não pode ter pressa. Isso porque, quando você reporta uma dúvida em um fórum de discussão, por exemplo, é possível que espere 10 minutos para que seja respondido, como também pode demorar horas ou dias, ou até mesmo nunca ser respondido. Geralmente, os principais problemas no Linux são documentados e, as chances de você conseguir uma resposta rápida é grande.
Do outro lado da moeda está o Windows. Sim, você tem o mesmo suporte de usuários Windows em fóruns que abordam o sistema, e pode contatar o suporte da Microsoft também. De muitas pessoas que contrataram o suporte pago do Linux, ou o suporte pago da Microsoft, não dá pra dizer qual fica mais satisfeita. Fica a dúvida: Por quê todo mundo insiste que o suporte da Microsoft é melhor que o do Linux?
4. Suporte completo de hardware vs. Suporte parcial
Um problema que aos poucos está sendo sanado, é o suporte a hardware. Anos atrás, se você pretendia instalar Linux, você teria que escolher a dedo todo o equipamento do seu computador, ou não teria uma instalação 100% funcional. Hoje esta teoria caiu por terra. Você pode pegar tanto um PC ou laptop (ou até mesmo um Mac) e a maioria das distribuições instaladas terão muitas chances de funcionar 100%. Claro, ainda existem algumas exceções, mas elas são cada vez mais raras.
Com o Windows, você sabe que cada parte do hardware irá funcionar no seu sistema. Claro, há uns e outros que, eventualmente, demandarão mais tempo na caça a drivers que você não possua o CD de instalação. Você então pode descansar tranquilo sabendo que aquela placa de vídeo de última geração provavelmente vai funcionar no máximo de sua capacidade.
5. Linha de comando vs. Sem linha de comando
Não importa onde a evolução do Linux chegue, ou quão fantástico o ambiente desktop possa se tornar, a linha de comando será sempre uma ferramenta imprescindível para propósitos administrativos. É difícil imaginar uma máquina com Linux sem a linha de comando. Entretanto, para o usuário final, já é algo bastante próximo da realidade. Você pode usar o Linux por anos sem jamais tocar na linha de comando, assim como você faz no Windows. E embora você possa utilizar a linha de comando no Windows, ela não será tão poderosa quanto é no Linux. A Microsoft tende a esconder o prompt de comando do usuário. A menos que você acesse o “executar” e entre com “cmd”, o usuário provavelmente nem saberá que a linha de comando existe no Windows. E mesmo que ele consiga acessá-la, qual é a sua real utilidade?
6. Instalação centralizada de aplicativos vs. Instalação descentralizada
Com qualquer distribuição Linux atual, você tem um local onde é possível procurar, adicionar ou remover softwares. São os gerenciadores de pacotes, como o Synaptic. Com ele, você pode abrir uma única ferramenta, procurar por uma aplicação (ou um grupo de aplicações) e instalar sem fazer qualquer busca na internet.
O Windows não tem nada parecido com isso. No Windows, você precisa saber onde encontrar o software que você pretende instalar, baixar o software (ou colocar o CD no drive), e executar setup.exe ou install.exe. Por muitos anos pensamos que instalar aplicativos no Windows era mais fácil que no Linux, e por muitos anos estavamos certos. Não agora. Instalar aplicativos no Linux é simples, indolor e centralizado.
7. Flexibilidade vs. Rigidez
É comum compararmos Linux e Windows a outros hábitos do cotidiano. Carros e motos, casas e apartamentos… mas vamos tentar nos ater ao desktop em si. A não ser que você pretenda pagar para instalar um aplicativo de terceiros, para alterar a aparência, por exemplo, no Windows você terá que se contentar com o que a Microsoft decidiu que é bom pra você. No Linux, você pode confortavelmente fazer seu desktop ter o “look and feel” que é a sua cara. Você pode ter exatamente o que você quer. Desde um ambiente gráfico simples, como o Fluxbox, até uma experiência 3D completa com o Compiz.
8. Fanboys vs. Corporativismo
Quisemos adicionar esse tópico pois mesmo o Linux tendo atingido um nível superior ao de projeto escolar, os usuários tendem a ser fanáticos que apelam para os mais diversos tipos de medidas para fazer você escolher o Linux e não o Windows. Muitos dos ditos fanboys ainda tentam recrutar novos para o bando, e isso é realmente muito ruim. Muitos acham que isso não é profissional. Mas por que algo que é digno de um trabalho de grandes empresas precisa de “animadores de torcida”? O programa não deveria fazer sucesso sozinho? O problema é que com a natureza livre do Linux ele tende a ter uma diferença de marketing em relação ao milionário orçamento da Microsoft. Por isso existe a necessidade de se ter mihares de fãs ao redor do mundo para espalhar o sistema. E o boca-boca é o melhor amigo do Linux.
Muita gente imagina que a imagem do Linux como sistema operacional possa ser prejudicada pelos fanboys do sistema. Mas preferimos discordar. Outra companhia, graças ao fenômeno de seu simples tocador de música e telefone, sofreu do mesmo problema, e até agora a imagem dela não foi prejudicada por isto. O Windows não tem estes mesmos fãs. No lugar disso, o Windows tem uma equipe de engenheiros certificados e gabaritados que acreditam nas momentâneas emoções de quando são apresentados dados mal interpretados de market share, fazendo-os acreditar que terão emprego garantido para o resto da vida.
9. Montagem automática de mídia removível vs. Montagem não-automática
Está fresco na memória os velhos tempos que tínhamos de montar o disquete para usá-lo e desmontar para removê-lo. Pois bem, isso está prestes a chegar ao fim – mas não completamente. Uma questão freqüente de novos usuários Linux é o modo como a mídia removível é usada. A idéia de ter que “montar” manualmente uma unidade de CD para acessar seu conteúdo é totalmente estranha para novos usuários. Há uma razão para isso ser assim. O Linux sempre foi uma plataforma multiusuário, por isso, pensava-se que forçar um usuário a montar uma mídia para usá-la ajudaria salvar os arquivos desse usuário de serem substituídos por outra pessoa. Pense nisso: Em um sistema multiusuário, se todos tivessem acesso instantâneo a um disco que foi inserido, o que impediria de excluir ou sobrescrever um arquivo que tinha acabado de ser adicionado à mídia? Agora as coisas têm evoluído ao ponto em que no Linux, subsistemas são criados e configurados de forma que você pode utilizar um dispositivo removível da mesma forma que utilizaria no Windows. Mas essa não é a regra. Sempre tem quem goste de editar o arquivo /etc/fstab, não é mesmo?
10. Run levels multi-camadas vs. Run level único
O Linux possui habilidade de funcionar em diferentes run levels. Com isso, dá para usar o Linux pela linha de comando (run level 3) ou via interface gráfica (run level 5). Assim, se algo ocorrer com o servidor gráfico X.org, você pode logar como superusuário (root) pela linha de comando e assim resolver o problema.
Com o Windows você terá sorte de usar a linha de comando em modo seguro – e então você pode (ou não) ter as ferramentas necessárias para resolver o problema. No Linux, mesmo no run level 3, você pode obter e instalar uma ferramenta para ajudá-lo. Ter diferentes run levels também é positivo de outras maneiras. Digamos que a maquina em questão seja um servidor Web ou de e-mail. Você quer disponibilizar a ele toda a memória instalada, portanto não poderá iniciar a maquina no run level 5. Entretanto, em certos momentos você precisará da interface gráfica para administrar o sistema (embora isso também seja possível por linha de comando). Graças ao comando startx a partir da linha de comando no run level 3, você terá acesso a interface gráfica também. No Windows você ficará preso ao run level gráfico, exceto quando enfrentar um problema realmente sério.
terça-feira, 1 de junho de 2010
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